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✝️ Dom Waldir Calheiros - 30/11/25 - 12 anos da Páscoa

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Hoje é o início do Advento, tempo de esperança que anuncia o Natal. E é também dia de fazer memória de Dom Waldir Calheiros, o eterno bispo de Volta Redonda.


Ele foi o primeiro bispo que entrevistei e que começou a mudar minha vida. Para mim, ele foi o anúncio da chegada de um Jesus nascido numa manjedoura, que era um imigrante muito pobre e viria a carregar uma coroa de espinhos, não uma coroa de ouro.


Para mim, criada num catolicismo conservador, que considera bispos figuras principescas, foi revolucionário comer pão de queijo na cozinha de um bispo; ouvir dele, sentado numa cadeira de balanço em sua varanda, que a luta armada contra a ditadura foi uma guerra justa; e encontrar na sala dele um quadro com punhos cerrados.


São os punhos cerrados de operários da CSN quando foi deflagrada a greve de 88. Na época, o bispo foi uma das principais lideranças de apoio aos grevistas e diziam nos jornais que ele era "o responsável por toda a subversão no Vale do Paraíba".


Dom Waldir já ganhou uma estátua em tamanho natural numa praça em Volta Redonda, a chamada Cidade do Aço, e já vi pessoas orando aos pés desta estátua. Mas os punhos cerrados do povo sempre serão capazes de o homenagear melhor.


📝 📸 Texto e fotos: Ana Helena Tavares.

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