Uma das apresentações da trupe circense na capital paulista será para o povo de rua, como demonstração de apoio ao padre Júlio Lancellotti
O projeto Afro Circo, da trupe Asas de Picadeiro, companhia circense de Goiânia, cujas origens remontam a São Félix do Araguaia (MT), conquistou o reconhecimento da Fundação Palmares, por meio do edital Bolsa de Mobilidade Cultural Afro-Brasileira. Com esse incentivo financeiro, a trupe participará, em São Paulo, em parceria com o grupo Cena Mágica, da 46ª Expo Magic Show, considerado um dos maiores eventos de magia do país. A trupe também fará apresentação aberta ao público em apoio ao trabalho da pastoral de rua, coordenada pelo padre Júlio Lancellotti.
Apresentação e palestra sobre gênero e raça
A trupe fará a abertura oficial da 46ª Expo Magic Show, no dia 07 de abril, domingo, com a apresentação do “Patcha Mama Show”, espetáculo concebido e dirigido pelo artista circense e produtor cultural Manoel Alves de Jesus, que adotou o nome artístico de Sapeca. Além disso, realizará uma palestra sobre equidade de gênero e raça, destacando a importância da diversidade no universo mágico.
No mesmo dia 07, às 18h, haverá, no Nikkey Palace Hotel, no bairro da Liberdade, a abertura do espetáculo de gala do 1ª Encontro e homenagem às mulheres da cena artística circense da grande São Paulo e região metropolitana. Asas de Picadeiro também se fará presente.
Para Sapeca, "essa é uma oportunidade não apenas de encantar o público com performances únicas, mas também de promover a cultura afro-brasileira e contribuir para a diversidade cultural na região".
Agenda ampliada em São Paulo
Além da participação no 46º Expo Magic Show, o grupo Asas de Picadeiro tem agendadas apresentações em parceria com movimentos sociais. No dia 04 de abril, às 9h, estará na APAE - SP. No dia 05 de abril, às 17h, fará uma apresentação em praça pública, em Embú das Artes, na Praça da Juventude.
Em parceria com o Movimento dos Sem Terra (MST), a trupe fará uma apresentação aberta ao público, no sábado, dia 06 de abril, a partir de meio-dia, na rua Siqueira Cardoso, 297, Belenzinho. No local, se localiza o Sacolão Popular Irmão Pedro Betancur, e ali perto fica a paróquia São Miguel Arcanjo, do padre Júlio Lancellotti, vigário episcopal do povo de rua de SP.
Sapeca, que começou sua vida artística em São Félix do Araguaia, tocando violão em missas presididas por Dom Pedro Casaldáliga (1928-2020), diz que a trupe pretende fazer uma "homenagem cênica ao movimento do Pe. Julio Lancelloti, ao MST e à Pastoral do Povo da Rua".
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